sábado, 21 de abril de 2007

Os sete palpites da vida eterna

"Ainda sangrando dos arranhões, pediu silêncio com as mãos e, com o sol nascendo atrás da cabeça, contou que, lá dependurado no abismo, tinha ouvido uma voz. Viu que os medrosos já se encolhiam rezando e cochichando: fantasmas, sombras, vozes... que vida esperava por eles naquele castelo? Não seria melhor voltar enquanto era tempo?...
-Ouvi uma voz - Bobuque repetiu fechando os olhos coo se ainda ouvisse o eco - e ela me mandou dizer a vocês os sete palpites da vida eterna.
O primeiro palpite era que, nesta vida, só a morte é certa, além, é claro, dos imprevistos e das descobertas.
O segundo palpite lembrava que o que passou, passou; ninguém pode adivinhar o futuro, e assim, a Eternidade é hoje.
O terceiro palpite receitava perdão para curar o coração; e, para os males da alma, receitava nenhuma ambição.
O quarto palpite dizia que ninguém é maior que o próprio tamanho - mas que a vontade e trabalho removem montanhas.
O quinto palpite ensinava que para trabalhar feliz só há um jeito: fazer com prazer e cada vez mais bem-feito.
O sexto palpite garantia que para a aventura é preciso coragem - mas que mudar a si mesmo é a melhor viagem.
Finalmente, o sétimo palpite lembrava que a vida é mistério, a morte é segredo - e perguntava: então por que tanto espanto? para que ter medo?"


[As batalhas do Castelo - Domingos Pellegrini]

sexta-feira, 20 de abril de 2007

me deixa olhar o céu.
me deixa sentir o sol.
me deixa sentir...
me deixa cair
deixa eu me jogar...
deixa eu pular, gritar
deixa eu amar como nunca amei antes.

deixa eu olhar teus olhos.
deixa eu seguir estrelas.
deixa eu seguir teus olhos nas estrelas...
deixa eu seguir estrelas nos teus olhos...
deixa eu te abraçar
é tudo que eu quero e preciso agora.

deixa eu sentir tua mão na minha pele.
deixa eu beijar tua boca de beijos doces.
deixa eu falar palavras sem sentido algum.
me deixe sem sentido...

[deixa eu te sentir.]

sábado, 14 de abril de 2007

sabe... eu tenho medo, muito medo.
medo que acabe, medo que você me deixe.
medo de ser só um sonho bom, porque sonhos bons acabam, né.
medo de tanta coisa...
não sei se tenho mais medo do passado ou do futuro.
antes eu tinha medo de não te amar na mesma proporção.
hoje tenho medo que tu não me ame na mesma proporção...
são medos, e medos não vão embora tão facilmente como os sonhos.
mas, sabe... quando te encontro me sinto tão bem, sinto tanta, tanta paz ao teu lado... e por um instante apenas, eu sinto que tudo é perfeito. e que, acaso isso seja sonho, não vai acabar.
sonhos e medos...
é só um desabafo mesmo. precisava me livrar disso.

amor, medos e sonhos. e só.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Quero São Paulo.
Quero Filosofia.
Quero Literatura.
Quero ser magra.
Quero mudar.
Quero um abraço.
Quero chorar de tanto rir.
Quero um beijo de quem eu amo.
Quero vingar.
Quero rir com ele.
Quero amar até morrer.